Sopro do Coração

Para soprar o que vagueia cá dentro. Seja brisa, seja vento, o tempo passará por aqui.

12 setembro 2006

Silenciosamente

Por vezes tenho a nítida noção da espada que fica apontada para mim... Uma sensação estranha que não permite que as palavras se soltem e gritem o seu pleno significado. Por vezes também me pergunto se será por falar demais. Estará a voz a tirar lugar ao ouvido? Oxalá não. Espero no fundo de mim que não. Mas essa sensação apega-se, como se de um íman se tratasse.
Ouvir o sussurro, ouvir o que não está dito, ouvir o que grita de dentro de nós... Ouvir o silêncio.
Tudo quer ser ouvido, mas ninguém quer ouvir. Ficamos quedos para não perturbar, muitas vezes tendo esta tal sensação. Estranha. Que permanece no falar e sossega no silêncio. Adormece.